"Eu preciso viver o Pentecostes a cada dia"- 2ª Pregação Monsenhor Jonas

A 2ª pregação foi conduzida pelo Monsenhor Jonas Abib. Momento que tem como proposta  muita espiritualidade.

O monsenhor nos direcionava a pegar a palavra de Lucas 24,49 “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder"

Eu vos mandarei o prometido de meu Pai, entretanto fique na cidade até que sejais revestido da força do alto. Esta força aqui quer dizer dínamo, que é um produtor de energia, ele realiza energia. É disto que Jesus está falando, permanecei na cidade até que sejais revestidos do dínamo do alto. E claro este dínamo do alto é o Espírito Santo.

E a outra passagem é Atos dos Apóstolos 1,4-8

"E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes.
Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra."

João batizou na água e vós sereis batizados no Espírito Santo.Cairá sobre nós o Espírito Santo e nos dará o dínamo e seremos testemunhas do Senhor, até os confins do mundo.

"No dia 2 nov de 1971- era no começo da Renovação, eu não era um padre muito destacado no meio dos meus colegas, era um bom seminarista, aí comecei a aprender um violão, mas era um seminarista e padre comum."

Nós tínhamos na cidade de Lorena um bom grupo de jovens. Mas nas cidades vizinhas, Cruzeiro, Guaratinguetá, havia muitos jovens que participavam do nosso grupo de jovens. Mas eu sentia que aquele grupo de jovens não tinha ação. Faltava ação! Aí eu convidei o padre Irineu naquele tempo, para fazer uma palestra de ação, para colocar fogo naqueles jovens. Para que estes pudessem entrar pelo trigal e colocar fogo em tudo. 

"O Padre Irineu veio e pregou a palavra. Ele foi destacando a ação do Espírito Santo em João Batista, Isabel, Maria, e foi indo pelos evangelhos, e pegou a palavra de Pentecostes e o efeito fo cenáculo neles. Foi uma colocação muito interessante. Mas só que o Pe. Irineu falava, falava, mas perguntava a mim mesmo, quando ele vai falar de ação? Aquelas palavras me tocaram de tal maneira que nunca tinha acontecido antes. Mas era eu que precisava daquilo, e não os jovens. O Pe. Irineu estava apresentando, e aí eu fui até a capela e eu disse ao Senhor, Senhor eu não estou entendendo mais nada, se é disto que eu preciso “Dá-me!” Foi do fundo do meu coração:Se é disto que eu preciso Dá-me."

Terminou a palestra e fomos para a missa. Pe Aroldo vinha fazer uma experiência de oração conosco. Eu não conhecia a Renovação, mas eu queria aquilo que eu desejava, do fundo do meu coração. Chegou dia 1 de nov. véspera do dia 2 dia dos fiéis defuntos. O meu superior tinha pedido que eu fosse celebrar missa na cidade vizinha. Eu tinha que ir, precisava obedecer ao meu superior. Abro parênteses, eu era um padre que não rezava, e aí fiquei muito ressentido, aí eu não conseguia rezar. Rezava missa de manhã cedo. E toda noite eu rezava o Vinde Espírito Santo. Eu não imagina que eu estava pedindo o que eu necessitava. Naquela noite estava muito chateado e de certa maneira decepcionado, eu queria tanto participar do encontro com Pe.Aroldo e ele me pede pra celebrar missa na cidadizinha.

Rezando a oração do E.S, eu me tranquilizei, a paz voltou e eu dormi tranquilamente. Na manhã seguinte o Pe. Aroldo veio me visitar. Ele queria conversar comigo, fui e ficamos na sala onde seria aquele encontro, e conversa vai conversa vem, os jovens que eram estudantes de filosofia começou a entrar na sala, o meu superior então falou paraeu fazer o encontro com eles. E eu disse o Senhor pediu que para eu realizar as missas, ali ele me disse não tem problema eu dou um jeito, entre e faz o encontro.

Pe. Aroldo fez uma pregação sobre o batismo no E.S. Depois do almoço o Pe. Aroldo fez uma palestra sobre os carismas do E.S, eu conhecia os carismas pela bíblia, mas ver os carismas ir acontecendo... Mais uma vez eu desejei do fundo do coração. “Se é isto que eu preciso, me dá os carismas do Espírito Santo". Até então eu não conhecia nada. Aí tivemos missa. 

No final da missa o Pe. Aroldo na sacristia, o padre nos disse “Se vocês quiserem eu imponho a mão sobre vocês, mas eu peço o Espírito Santo” Eu desejei do fundo do meu coração, e o Pe Aroldo foi passando e foi rezando um por um, e quando chegou minha vez, ele impôs as mãos, orou, e eu não senti nada! Foi uma espécie de decepção. 

Depois fomos jantar, e eu pedi que me desse algumas vagas para fazer esta experiência lá me Campinas. Ele pegou a caderneta e marcou 10 vagas para o nosso grupo de jovens. O Reinaldo era o reitor naquele tempo, eu tenho uma grande gratidão por ele. (o padre o convidou a ir até ele) e o Reinaldo diz: "O padre veio fazer o encontro por uma profecia no nosso grupo. Nos reunimos para realizar esta experiência porque tinha pouca gente, éramos acostumados com a Vila Brandina cheia. Perguntávamos para Deus "será que é para fazer mesmo esta experiência?", e tinha um servo que depois da oração disse que Deus pedia que fizesse esta experiência pois dali nasceria um profeta que iria agitar o Brasil e o mundo."

Voltando ao Monsenhor Jonas ele nos dizia: Para vocês verem como a coisa é real!  Fomos e fizemos esta experiência e já eram então 10 jovens batizados pelo E.S...

Convidamos o Pe. Aroldo para fazer uma experiência de oração. Eu era muito novo, nas vésperas o Pe. Aroldo não estava muito bem de saúde e ele disse que não podía ir. Então não tínhamos prática, mas  decidimos fazer nós mesmos para outras pessoas.

Era um salão cheio. Muita gente. E para graça de Deus, muitas pessoas saíram batizadas pelo E.S, e a grande graça do E.S foi se espalhando pelas cidades...

Com toda simplicidade, mas posso dizer, acabei andando pelo Brasil inteiro. Só não fui em duas capitais, em todas as outras eu fui. Levando este fogo do Espírito Santo. Só ele podia fazer esta obra.

Depois que o Pe. Aroldo nos deu estas 10 vagas, naquela noite eu sentia algo diferente. Havia algo dentro de mim que eu não sabia definir. Eu comecei a andar debaixo dos arvoredos do colégio, e andando eu comecei a rezar como nunca tinha rezado na minha vida. A oração vinha, não era oração em línguas, era em português mesmo, as palavras fluíam do meu coração. Fui dormir bem tarde, entrei no meu quarto e dormi. E a partir desta experiência tudo mudou na minha vida. A celebração da eucaristia era outra. Eu sentia um fogo diferente dentro de mim. O amor pela bíblia era bem diferente.

O meu arrependimento dos pecados mudou, eu sentia um grande arrependimento das faltas que aconteciam. Todos os meses eu ía a Aparecida para fazer minha confissão e direção espiritual com Pe. Rodolfo. Eu não era ainda o que eu devia ser. Eu não era ainda o que Deus queria que eu fosse. Mas graças a Deus, eu já não era como eu era antes.

E nós vemos portanto, como significa esta passagem dos Atos dos Apóstolos que é o meu tema “Descerá sobre vós o E.S e vos dará forças e sereis minhas testemunhas...” Caiu sobre mim o E.S...com a imposição das mãos do Pe. Aroldo. Eu era um padre que até então não orava, caiu sobre mim o ES que me deu força, me deu o dínamo, não era mais um padre apagado, agora eu era um padre ativo, incendiei a mim, e depois incendiei a outros e estes entravam pelos trigais e incendiavam todo o trigal. “ E sereis minhas testemunhas em toda Jerusalém...e em toda Judéia...” A palavra se cumprindo...

O bispo naquela época me chamou, ele tinha na mão um livro e apresentou pra mim o n. 44- Verifica-se que as condições do mundo atual, tornam-se ainda mais urgente um catecumenato para jovens e adultos, que tocados pela graça descobrem pouco a pouco o rosto de Cristo. Sentem a necessidade de a ele se entregar..."

Isto de certa maneira estava acontecendo conosco, e eu sentia que Deus queria mais. E eu disse para Dom Antonio, vou parar vou rezar e trago para o senhor.

Iniciamos então um catecumenato. Muita oração, e foram dois anos. No último dia, coincidia com a festa de Cristo Rei, e fizemos lá em Que Luz, na casa de retiro. Durante a viagem Deus me incomodou mostrando que lá na cada de encontros, eu fizesse ao um apelo. Que quem quisesse deixar tudo  e que viesse comigo viver juntos em comunidade. Neste tempo não havia nenhuma comunidade aqui. Eu não conhecia nenhuma comunidade e nem sabia nada sobre batismo no Espírito e nem sobre viver em comunidade. 

Deus me incomodou tanto, que eu cheguei a um ponto de dizer eu vou chegar lá e vou fazer o apelo, se alguém aceitar, é sinal de que o senhor quer. Mas eu tenho certeza que ninguém vai querer. E durante o encontro eu fiz o apelo. Uma porção de jovens ficaram de pé. Aí disse, vocês não estão entendendo: Você vai deixar sua casa, sua família, seu emprego, seu namoro, e vir para viver em comunidade e evangelizar, quem quer? Muita gente levantou! Uma delas está aqui. Luzia Santiago (ela foi a frente e disse): 

"Eu não esperava que Deus iria me chamar. O Pe Jonas fez o apelo, eu estava num período muito realizada, eu havia feito serviço social, tinha um bom emprego, estava como diretora, meu trabalho, meu pai, meu Deus! No primeiro momento não levantei, e no último apelo, Pe Jonas disse “vocês não entenderam nada, quem quer dar um ano de sua vida? Naquela hora eu abri a sagrada escritura, a palavra confirma aquilo que o nosso coração está inseguro, caiu na palavra de São Lucas capítulo 14- que quando um homem quer construir uma torre ele precisa pensar muito bem, pois senão depois os amigos vão rir porque ele não conseguiu terminar de construir sua casa, os versículos antecedentes dizia de chamado, seguir a Deus e eu senti no meu interior que o meu sim não era só para um ano, mas era para a vida inteira. E eu levantei e no meu interior eu disse “Eis-me aqui Senhor”. Eu levanto todos os dias pois quero dizer meu sim constante a Deus!"

Monsenhor Jonas continua sua pregação dizendo que ali num grupo de 12 iniciaram a vida de comunidade. "Outros vieram depois. Em 78 nós fizemos nosso primeiro compromisso."

Iniciaram também com programas de Rádio, gravando um programa diário. Depois foram em outras cidades. E daí em casa mesmo gravavam os programas. 

"Um dia eu disse ao gerente da rádio aqui, quanto é que custa esta rádio, e ele disse. Era algo impossível eu saí. Mas Dom Cipriano me manda um recado “Vão em frente com a Rádio." Não tinha falado nada para ninguém. Como Dom Cipriano me mandava este recado? No mês de abril de 1980 nós adquirimos a rádio. A comunidade chorou, em vez de festejar. Não sabíamos mexer com a rádio, mas Deus queria que acontecesse. “Os meios de comunicação foi sendo postos a serviço da comunidade fazendo com que a boa nova chegasse a milhões de pessoas...” Deus nos remetia a ir, e graças a Deus eu tive coragem de ir em frente com rádio. Era a palavra da escritura se realizando. Hoje temos a emissora, sinal na sky, e pela internet no mundo todo tem alguém acompanhando a programação da Canção Nova. 

Com a graça de Deus estávamos realizando o que Deus queria, por graça do Espírito Santo na minha vida, e também dos jovens que disseram sim. E até os confins da terra.

 E não podemos parar aqui, se este é o nosso carisma precisamos fazer com que jovens tenham todo ardor de conhecerem a Jesus, eu e minha comunidade não podemos parar. E que outros avancem. Com o nosso carisma não podemos e nem devemos parar, temos que ir em frente...

Nelsinho- "Nós não podemos parar!"

E ministrou com a canção: “Espírito, Espírito que desce como fogo, vem como em Pentecostes, e enche-me de novo...”

Monsenhor Jonas finalizou dizendo que Pentecostes é o que ele vive - "Hoje, é isto que eu vivo. Eu preciso viver o Pentecostes a cada dia, para que se realize a palavra de Deus! "

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2ª Pregação- 29/06/2017

Monsenhor Jonas Abib

Fundador Comunidade Canção Nova